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Mas o que é depressão?

Saiba como diferenciar o sentimento normal do transtorno que interfere na rotina diária

13 sinais sobre depressão

Mulher no peitoril da janela

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat.

Sintomas de depressão, você sabe reconhecê-los? Depressão ou transtorno depressivo maior é um transtorno de humor comum, porém grave. A depressão provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer.

O transtorno pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos, além de diminuir a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais no trabalho e em casa.

Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar, e devem estar presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja diagnosticado.

Depressão não é tristeza

A morte de um ente querido, a perda de um emprego ou o fim de um relacionamento são experiências difíceis para uma pessoa suportar. Assim, é normal que sentimentos de tristeza ou de luto se desenvolvam em resposta a tais situações. Desse modo, aqueles que experimentam perda, muitas vezes podem descrever-se como “deprimido”.

Contudo ficar triste não é o mesmo que ter depressão. O processo de luto é natural e único para cada indivíduo e compartilha alguns dos mesmos sinais de depressão. Ou seja, tanto o luto quanto a depressão podem envolver tristeza intensa e afastamento das atividades habituais.

Eles também são diferentes em aspectos importantes:

  • No luto, sentimentos dolorosos vêm em ondas, muitas vezes misturadas com lembranças positivas do falecido.

  • Na depressão maior, o humor e/ou interesse (prazer) diminuem durante a maior parte das duas semanas.

  • No luto, a autoestima é geralmente mantida. Na depressão maior, sentimentos de inutilidade e auto-aversão são comuns.

 

Para algumas pessoas, a morte de um ente querido pode causar depressão grave. Perder um emprego, ser vítima de uma agressão física ou de um grande desastre pode levar à depressão para algumas pessoas.

Quando o luto e a depressão coexistem, o luto é mais grave e dura mais do que o luto sem depressão. Apesar de alguma sobreposição entre tristeza e depressão, elas são diferentes. A distinção entre elas pode ajudar as pessoas a obter ajuda, apoio ou tratamento de que precisam.

Fatores de risco para o transtorno

A depressão pode afetar qualquer pessoa – até mesmo alguém que parece viver em circunstâncias relativamente ideais. Aquela ideia comum de que só terá o transtorno quem já é triste é equivocada.

Inclusive, muitas vezes pessoas que têm muito dinheiro ou sucesso se veem depressivas por não conseguirem desenhar objetivos para sua vida.

A adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos.

Vários fatores podem desempenhar um papel no surgimento do transtorno:

Bioquímica: Diferenças em certas substâncias químicas no cérebro podem contribuir para os sintomas.

 

Genética: Depressão pode ocorrer em famílias. Por exemplo, se um gêmeo idêntico tem depressão, o outro tem 70% de chance de ter a doença em algum momento da vida.

 

Personalidade: Pessoas com baixa autoestima, que são facilmente oprimidas pelo Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, negligência, abuso ou pobreza pode tornar algumas pessoas mais vulneráveis à depressão., ou que são geralmente pessimistas, parecem mais propensas a sofrer de depressão.

Além disso, existem ainda outros fatores que podem aumentar a chance de ter depressão:

  • ranstornos psiquiátricos correlatos;

  • Estresse e ansiedade crônicos;

  • Disfunções hormonais, problemas na tireóide;

  • Excesso de peso, sedentarismo e dieta desregrada;

  • Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas);

  • Hiperconexão e excesso de estímulos, como o uso excessivo de internet e redes sociais;

  • Traumas físicos ou psicológicos, experiências de violência doméstica ou abuso;

  • Separação conjugal, perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou a perda de uma pessoa muito querida;

  • Fibromialgia e outras dores crônicas;

A depressão, especialmente na meia-idade ou em adultos mais velhos, pode ocorrer em conjunto com outras doenças médicas graves, como diabetes, câncer, doenças cardíacas e doença de Parkinson. Estas condições são muitas vezes piores quando a depressão está presente.

Às vezes, medicamentos tomados para estas doenças físicas podem causar efeitos colaterais que contribuem para a depressão. Um médico experiente no tratamento destas doenças pode ajudar a elaborar a melhor estratégia de tratamento.

Dados sobre a depressão no Brasil

No Brasil, 5,8% da população sofre com a depressão. Ela afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros.

Ou seja, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.

Quais são os “tipos” de depressão?

Assim como outros transtornos, a depressão pode se manifestar de diferentes formas dependendo da pessoa, de seus hábitos e dos fatores de risco, que mencionamos acima.

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Assim como outros transtornos, a depressão pode se manifestar de diferentes formas dependendo da pessoa, de seus hábitos e dos fatores de risco, que mencionamos acima.

É importante entender como cada um deles se apresenta para ter um conhecimento prévio a respeito do que pode ou não ser depressão. Veja abaixo quais são os tipos de depressão:

Transtorno depressivo persistente

Também chamado de distimia, é um humor deprimido que dura pelo menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves.

Porém os sintomas devem durar dois anos para ser considerado transtorno depressivo persistente.

Depressāo perinatal ou pós-parto

É muito mais grave do que o “baby blues” (sintomas relativamente baixos de depressão e ansiedade que normalmente desaparecem dentro de duas semanas após o parto). Cerca de 80% das mulheres experimentam a “baby blues” após a gestação.

As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande depressão durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-parto). Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão que acompanham a depressão perinatal podem dificultar que essas novas mães completem atividades de cuidados diários para si e / ou para seus bebês.

Depressão psicótica

Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de alguma forma de psicose, como ter falsas crenças fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver coisas que outras pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações).  

Assim, trata-se de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral ao mesmo tempo. Os sintomas psicóticos normalmente têm um “tema” depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença.

Transtorno afetivo sazonal

A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor.

Normalmente é acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.

Transtorno afetivo bipolar

É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém com transtorno bipolar  vivencia episódios de humores extremamente baixos que atendem aos critérios de depressão maior (chamado “depressão bipolar”).

Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados altamente elevados – eufóricos ou irritáveis ​​- chamados de “mania” ou uma forma menos grave chamada “hipomania”.

Assim, exemplos de outros tipos de distúrbios depressivos recentemente adicionados à classificação diagnóstica do DSM-5 incluem distúrbios disruptivos de humor (diagnosticados em crianças e adolescentes)distúrbio disfórico pré-menstrual.

13 Sintomas de depressão 

Então, se você tem experimentado alguns dos seguintes sinais e sintomas a maior parte do dia, quase todos os dias, durante pelo menos duas semanas, você pode estar sofrendo de depressão:

  1. Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;

  2. Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo;

  3. Irritabilidade;

  4. Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo;

  5. Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades;

  6. Diminuição da energia ou fadiga;

  7. Mover ou falar mais devagar;

  8. Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado;

  9. Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões;

  10. Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais;

  11. Apetite e / ou alterações de peso;

  12. Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio;

  13. Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.

Como perceber os sintomas de depressão?

Contudo, nem todo mundo que está deprimido experimenta cada sintoma. Porque algumas pessoas experimentam apenas alguns sintomas. No entanto, outros indivíduos podem experimentar muitos. Vários sintomas persistentes, além do humor baixo, são necessários para um diagnóstico de depressão maior.

Pessoas com apenas alguns, mas angustiantes, sintomas podem se beneficiar do tratamento de sua depressão “subsindrômica”. Assim, a gravidade, a frequência dos sintomas e quanto tempo eles duram variam dependendo do indivíduo e sua doença particular. Os sintomas de depressão também podem variar dependendo do estágio da doença.

"Tratamentos para os sintomas de depressão"

A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz ele é, atingindo de 80 a 90% de resultados positivos.

Médico Sênior
Mulher e psicóloga

A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz ele é, atingindo de 80 a 90% de resultados positivos. A depressão é geralmente tratada com medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois.

Antes de um diagnóstico ou tratamento, um psicólogo ou médico psiquiatra deve realizar uma avaliação diagnóstica completa, incluindo uma entrevista.

Em alguns casos, um exame de sangue pode ser feito para garantir que a depressão não é causada por uma condição médica, como um problema de tireóide. A avaliação é para identificar sintomas específicos, histórico médico e familiar, fatores culturais e fatores ambientais para chegar a um diagnóstico e planejar um curso de ação.

Dica rápida: Não há duas pessoas afetadas da mesma forma por depressão e não há uma “receita de bolo” para o tratamento. Pode ser preciso algum teste e erro para encontrar o tratamento que funciona melhor para você. Portanto, é muito importante que você saiba como escolher um bom psicólogo e agende uma consulta. 

Medicamentos antidepressivos

A química do cérebro pode contribuir para a depressão de um indivíduo e pode influenciar seu tratamento. Por esse motivo, os antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a modificar a química do cérebro.

Estes medicamentos não são sedativos, “superiores” ou tranquilizantes. Eles não são formadores de hábito. Geralmente, os medicamentos antidepressivos não têm efeito estimulante em pessoas que não sofrem de depressão.

 

Talvez seja necessário testar alguns medicamentos antidepressivos antes de encontrar o que melhor se adapta ao seu organismo, atenua os sintomas e tem menos efeitos colaterais. Um medicamento que ajudou você ou um membro próximo da família no passado será muitas vezes considerado.

Os antidepressivos levam tempo – geralmente 2 a 4 semanas – para começar a ter efeito. Em geral sintomas como sono, apetite e problemas de concentração melhoram primeiro do que o humor deprimido.

 

Por isso é importante dar uma chance e tempo para a medicação, antes de chegar a uma conclusão sobre a sua eficácia.

 

Se você começar a tomar antidepressivos, não pare de tomá-los sem a ajuda de um médico. Às vezes, as pessoas que tomam antidepressivos se sentem melhor e, em seguida, param de tomar a medicação por conta própria. Nesse momento a depressão retorna.

 

Os psiquiatras geralmente recomendam que os pacientes continuem tomando medicação por seis ou mais meses depois que os sintomas melhoraram. Tratamento de manutenção a longo prazo pode ser sugerido para diminuir o risco de episódios futuros para certas pessoas de alto risco.

 

Quando você e seu psiquiatra decidirem que é hora de parar a medicação, o médico irá ajudá-lo lenta e seguramente a diminuir sua dose. Pará-los abruptamente pode causar sintomas de abstinência. O nome popular desse processo é “desmame”

Como funciona um antidepressivo

Existem três moléculas básicas, conhecidas quimicamente como monoaminas, que se acredita estarem envolvidas na regulação do humor.

Estes funcionam principalmente como neurotransmissores, que literalmente transmitem sinais nervosos aos seus receptores correspondentes no cérebro. Os antidepressivos atuam influenciando esses neurotransmissores, que incluem:

  • Serotonina, o neurotransmissor cujo papel é regular o humor, o apetite, o sono, a memória, o comportamento social e o desejo sexual;

  • Norepinefrina, que influencia o estado de alerta e a função motora e ajuda a regular a pressão arterial e a freqüência cardíaca em resposta ao estresse;

  • Dopamina, que desempenha um papel central na tomada de decisões, motivação, excitação e sinalização de prazer e recompensa.

Em pessoas com depressão, a disponibilidade desses neurotransmissores no cérebro é caracteristicamente baixa. Os antidepressivos funcionam aumentando a disponibilidade de um ou vários desses neurotransmissores de maneiras diferentes e distintas.

Das cinco classes principais de antidepressivos, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) e os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da norepinefrina (IRSNs) são os mais comumente prescritos, particularmente no tratamento de primeira linha.

Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

Há um número de antidepressivos que funcionam impedindo a reabsorção (reabsorção) de neurotransmissores no corpo. Coletivamente conhecidos como inibidores de recaptação, eles impedem a recaptação de um ou mais neurotransmissores, de modo que mais estejam disponíveis e ativos no cérebro.

Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina atuam inibindo especificamente a recaptação da serotonina. ISRS são uma nova classe de antidepressivos desenvolvida pela primeira vez durante a década de 1970.

Exemplos incluem:

  • Prozac (fluoxetina)

  • Paxil (paroxetina)

  • Zoloft (sertralina)

  • Celexa (citalopram)

  • Luvox (fluvoxamina)

  • Lexapro (escitalopram)

  • Efexor (venlafaxina)

Esses medicamentos tendem a ter menos efeitos colaterais do que os antidepressivos mais antigos, mas ainda são conhecidos por náuseas, insônia, nervosismo, tremores e disfunção sexual.

 

Além de tratar a depressão, eles são por vezes utilizados para tratar transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtornos alimentares e ejaculação precoce. Eles também se mostraram úteis durante a recuperação do AVC.

Atenção ao uso de medicamentos

Em alguns casos, crianças, adolescentes e adultos jovens com menos de 25 anos podem experimentar um aumento nos pensamentos suicidas ao tomar antidepressivos. Todos pacientes devem ser observados de perto, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento.

Ou seja, se você está considerando tomar um antidepressivo e você está grávida, planejando engravidar ou amamentar, converse com seu médico sobre qualquer risco aumentado de saúde para você ou seu filho. 

Psicoterapia

Vários tipos de psicoterapia podem ajudar as pessoas com depressão. Exemplos de abordagens baseadas em evidências específicas para o tratamento da depressão incluem terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia interpessoal e terapia de resolução de problemas.

A psicoterapia pode envolver apenas o indivíduo, mas pode incluir outros. Por exemplo, a terapia familiar ou de casais pode ajudar a resolver problemas dentro desses relacionamentos íntimos. Terapia de grupo envolve pessoas com doenças semelhantes.

Dependendo da gravidade da depressão, o tratamento pode levar algumas semanas ou muito mais tempo. Em muitos casos, melhorias significativas podem ser feitas em 10 a 15 sessões.

Tem como prevenir a depressão?

Entretanto, após um tratamento bem feito, é possível adicionar atividades e cuidados à rotina para tentar evitar as recaídas. Vale lembrar que estas mudanças também podem ser parte do processo de tratar a depressão, e ajudarão também.

Crianças admirando a vista

Depressão tem recaídas. É fato. 50% das pessoas que têm ou já tiveram um episódio de depressão mais grave terão recaídas, e essa probabilidade aumenta se elas já tiveram mais de um episódio.

Entretanto, após um tratamento bem feito, é possível adicionar atividades e cuidados à rotina para tentar evitar as recaídas. Vale lembrar que estas mudanças também podem ser parte do processo de tratar a depressão, e ajudarão também.

 

Fique atento ao excesso de trabalho

Enquanto permanecer ocupado não é um problema, ter atividades demais, muito cedo, pode ser.

 

Sentir-se oprimido cria estresse, e o estresse é um fator de risco para a depressão. Além disso, experiências estressantes podem tornar os sintomas de ansiedade e depressão ainda mais graves.

 

Contudo, é muito importante conhecer os próprios limites e tentar manter uma vida equilibrada. Se você está propenso à depressão, isso é de sua responsabilidade – assim como escovar os dentes ou obedecer aos limites de velocidade.

 

Exercite-se regularmente

Sabe qual é uma das melhores maneiras de prevenir a depressão? A prática de exercícios físicos.

“O exercício parece ser um antidepressivo por si só e pode agir como um antídoto para o estresse”, diz Gerard Sanacora, MD, PhD, professor de psiquiatria da Universidade de Yale.

Uma análise de 2009 descobriu que o exercício ameniza a depressão, bem como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou antidepressivos.Uma combinação de resistência e aeróbica parece melhor do que o exercício aeróbico sozinho. Exercícios com foco meditativo, como mindfulness, tai chi e yoga, também ajudam.

Voluntarie-se

O trabalho voluntário e a compaixão podem melhorar sua saúde mental e ajudá-lo a viver mais tempo. Voluntariado significa sair do sofá e sair de casa, então nos torna mais fortes e mais aptos fisicamente.

 

Pessoas mais ajustadas fisicamente tendem a lidar melhor com o estresse, o que pode ajudá-las a ter uma vida mais longa e livre da depressão.

Ou seja, conexões sociais podem ser boas para nós. Quando nos conectamos com outras pessoas, abrimos espaço para doar e ajudar o próximo e isso inclui muito contato visual e sorrisos, com um sentimento de gratidão por se conectar ao outro.

 

Assim, tais interações liberam um hormônio chamado ocitocina, que nos ajuda a ficar mais atentos e cuidar dos outros, e também nos ajuda a lidar melhor com o estresse.

Decerto, o voluntariado é uma boa maneira de conhecer outras pessoas, fazer amizades e unir-se a crenças e objetivos comuns. Pode nos dar uma sensação profunda de felicidade, que também está associada a vidas mais longas e saudáveis.

 

Evite álcool e drogas

Fique longe de álcool e drogas especialmente ilegais, que podem interferir com medicamentos para depressão e alterar o seu humor – e não de um jeito bom.

O álcool é um depressor, e muitas drogas empobrecem a serotonina e a dopamina, que são importantes neurotransmissores em relação ao humor. Assim, recomenda-se que pessoas em tratamento contra depressão se abstenham de álcool, mesmo socialmente.

Mantenha uma atitude de gratidão

A gratidão é uma atitude e um estilo de vida que demonstraram ter muitos benefícios em termos de saúde, felicidade, satisfação com a vida e a forma como nos relacionamos com os outros. Ou seja, ela anda de mãos dadas com a atenção plena em seu foco no presente e a apreciação pelo que temos agora, em vez de querer mais e mais.

 

Sentir e expressar gratidão transforma nosso foco mental em positivo, o que compensa a tendência natural do nosso cérebro de se concentrar em ameaças, preocupações e aspectos negativos da vida.

 

De tal forma, a gratidão cria emoções positivas, como alegria, amor e contentamento, que a pesquisa mostra pode desfazer o aperto de emoções negativas, como a ansiedade. Promover a gratidão também pode ampliar seu pensamento e criar ciclos positivos de pensamento e comportamento de maneira saudável e positiva.

Se você sente que precisa de um psicólogo ou psicóloga neste momento, agende sua primeira sessão de terapia 

Fonte:Tatiana Pimenta

CEO e Fundadora da Vittude

PRECISO MUDAR MINHA VIDA! 

Por Onde Começar Essa Transformação

Hábitos saudáveis

PRECISO MUDAR MINHA VIDA! POR ONDE COMEÇAR ESSA TRANSFORMAÇÃO?

Muitas pessoas sofrem com o dilema de ter bem claro o pensamento de “preciso mudar minha vida”, mas não têm ideia de como e por onde começar essa transformação. Assim, mesmo quando sabem o que está errado e precisa de conserto, têm dificuldades de encontrar um ponto de partida e fazer esta virada de chave. Pode parecer assustador no começo, mas acredite, esta insatisfação pode trazer muitas mudanças positivas à vida da pessoa em todos os aspectos.

Toda transformação exterior começa por uma transformação interior, ou seja, por um desejo profundo de mudança e evolução. Assim, mesmo que no início as respostas e os caminhos não estejam definidos, ao decidir caminhá-lo tudo vai se tornando mais claro como água límpida. Mas claro, para beber desta fonte, você precisa se permitir conhecer e viver novos ciclos em sua existência.

PRECISO MUDAR MINHA VIDA - ALGUNS PASSOS PARA INICIAR A MUDANÇA!

Confira as dicas que listei para te ajudar a mudar a sua vida, deixar no passado o que te deixa descontente e construir o presente extraordinário que merece. Veja e coloque estas ações em prática:

EVITE OS ATALHOS

Quando temos o desejo transformar algo em nossas vidas podemos nos afobar buscando soluções rápidas e imediatas. Porém, mudanças extremas exigem esforço igualmente grande, então não espere um botão mágico que irá te catapultar do ponto em que está para o ponto que deseja ir. Tudo acontece no momento certo, por isso tenha foco e paciência, pois as transformações que se mantêm são aquelas que conseguimos por meio de esforço e dedicação.

PLANEJE-SE!

Entendendo que não há caminho simples e curto para promover uma mudança em sua vida, tire algum tempo para fazer um bom planejamento. Reflita a respeito do que exatamente você não gosta; como preferia que as coisas fossem e como pode mudá-las. Por exemplo, se o que te incomoda é estar acima do peso, comece estipulando o que seria o peso ideal. Tendo uma estimativa de quanto precisa perder faça uma lista de processos e ações que devem ser seguidos para conseguir os resultados desejados.

CRIE NOVOS HÁBITOS

As mudanças de vida são difíceis no começo porque não estamos habituados a elas. Para que essa transformação seja menos traumática é importante estabelecer a criação de novos hábitos e comportamentos mais positivos. Ser metódico nessa fase de transição, entre o ponto em que se está e o ponto em que se quer chegar, é uma forma segura de desenvolver novas atitudes e mantê-las.

TENHA AUTOMOTIVAÇÃO

A palavra-chave para quem está desejando passar por uma transformação de grande dimensão é automotivação. Mantenha firme o pensamento de necessidade de mudança sempre que pensar em desistir. Se parecer mais difícil do que você pode aguentar, pense nos resultados a médio e longo prazo. Mesmo quando o objetivo final demora um pouco para ser alcançado, como o de emagrecer, você terá amostras de como será quando conseguir. Só o fato de sentir seu condicionamento físico melhorar já ajuda em sua motivação.

PROJETE O FUTURO

Para solidificar a sua motivação pense em como será o seu futuro quando conseguir o que tanto espera. Se a transformação que você está promovendo é profissional, imagine como será quando conseguir a tão sonhada promoção. Enxergar o futuro com a transformação efetivada contribui para que você continue no caminho certo.

CONCENTRE-SE EM VOCÊ

Se você quer mudar o mundo, você deve começar a promover mudanças em você primeiro. Quando se trata disso, você controla apenas três coisas da vida: os pensamentos que você pensa, as imagens que visualiza e as ações que você realiza. Se você se concentrar em pensar positivamente, visualizar resultados mais bem-sucedidos e tomar medidas positivas para atingir esses resultados, terá a garantia de obter melhores resultados em sua vida pessoal e profissional. Não só isso, você vai impressionar e inspirar outras pessoas que querem experimentar melhores resultados em suas próprias vidas.

COMPROMETA-SE COM O AUTO APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO

Como dizia Gandhi: “Viva como se você fosse morrer amanhã. Aprenda como se você fosse viver para sempre. ” A alegria de aprender está no processo, não no resultado final. Quando você se dedica a uma vida de contínuo aprimoramento e crescimento, permanece curioso, aberto e em constante expansão. Isso não só torna sua vida mais interessante e significativa, mas também inspira outros a seguirem seus passos. E quanto mais pessoas escolherem melhorar continuamente em vez de permanecer em estado de estagnação, melhor será para o mundo.

VEJA OS DESAFIOS COMO OPORTUNIDADES

As pessoas dizem que querem criar uma vida melhor para si, mas muitas vezes desistem ao primeiro sinal de problema. O caminho para o sucesso tem obstáculos e desafios – esse é um fato. Mas é no processo de superar esses obstáculos que você se torna capaz de criar o que deseja para a sua vida. Quando você cultiva a perseverança e acolhe desafios como oportunidades para crescer e expandir seu aprendizado – como se opor a desculpar-se a desistir e permanecer exatamente onde você está, você será capaz de alcançar muito mais na vida. E você vai motivar os outros a ter a confiança e perseverança para superar seus próprios obstáculos também.

SEJA GENEROSO COM SUA SABEDORIA

Imagine se todos em sua família desistissem de reclamar, assumissem total responsabilidade por suas ações e criassem a vida de seus sonhos. Ou se cada um na sua empresa praticasse os princípios de sucesso consagrados pelo tempo. Você pode ajudar a criar este mundo facilitando ativamente o crescimento dos outros. Você é capaz e tem tanta sabedoria para oferecer às pessoas em sua vida – e o maior presente que você pode dar a elas é compartilhar o que você aprendeu e ajudá-las a alcançar mais sucesso em suas próprias vidas.

VÁ ATRÁS DOS SEUS SONHOS – E INSPIRE OS OUTROS A FAZER O MESMO

Cada um de nós tem o poder de criar a vida que queremos, a vida que sonhamos, a vida que nascemos para viver. Cada um de nós merece cumprir todo o nosso potencial e manifestar nosso verdadeiro destino. Esse é nosso direito. Mas muitas pessoas não entendem isso. Eles acham que estão presos onde estão, sujeitos aos caprichos de um mundo cruel e indiferente, e que lhes falta a capacidade ou o direito de se libertar e criar uma vida melhor para si mesmo. Você pode mostrar que eles estão errados. Quando você vai atrás de seus sonhos e começa a viver a vida em seu mais alto potencial, você inspira os outros a fazer o mesmo. E isso terá um tremendo impacto no mundo ao seu redor.

Fonte:  José Roberto Marques 

Quanto tempo demora uma mudança comportamental?

Relógio na estação

Quanto tempo demora uma mudança comportamental?

Esta pergunta tem sido feita em diversos contextos, dado que há múltiplos comportamentos relacionados com diversas áreas como por exemplo a alimentação, desporto, de aprendizagem, etc. No meu contexto profissional, a área da Formação Profissional é um tema recorrente, em que se debate o que é preciso e quanto tempo é necessário para efectivar uma mudança comportamental.

James Clear, escritor e conferencista Norte-Americano, que tem dedicado grande parte da sua vida ao estudo da mudança de hábitos, fala-nos de duas experiências que nos ajudam a responder a esta questão.

A primeira é sobre Maxwell Masltz, cirurgião plástico, que nos anos cinquenta começou a notar um estranho padrão nos seus doentes. Quando efectuava uma operação, como por exemplo, refazer um nariz, reparou que o paciente demorava vinte e um dias até se habituar à sua nova cara. Esta experiência levou a que considerasse este período como uma referência para ele próprio adoptar um novo hábito, e reparou que efectivamente demorava sensivelmente o mesmo tempo. Este estudo levou a que na altura dissesse “ Este, e outros fenómenos levam-nos a concluir que é necessário pelo menos vinte e um dias para desabituar-nos de algo, e congelarmos um novo comportamento”. Publicou estes e outros pensamentos num livro em 1960 chamado “Psycho-Cybernetics”, e foi assim que surgiu o mito dos vinte e um dias. As pessoas esqueceram que ele tinha referido os vinte e um dias como o “mínimo” e começaram a adoptar esse período temporal como uma referência. James depreendeu o porquê do mito se ter espalhado rapidamente, dado que “ é um período curto o suficiente para ser inspirador, e longo o necessário para ser credível” Quem é que não gosta de pensar que pode mudar a sua vida em três semanas? Mas será que podemos adoptar este período como referência?

James Clear conta-nos outra história, desta feita uma efectiva experiência, que porventura poderá ter maior credibilidade. Phillippa Lally, investigadora na área da Psicologia da Saúde na University College London, publicou um estudo no European Journal of Social Psichology. Lally e a sua equipa de investigação decidiram perceber quando tempo é que se demora a incorporar um novo hábito.

O estudo examinou os hábitos de noventa e seis pessoas durante um período de doze semanas. Cada pessoa escolheu um novo comportamento, tendo como objectivo que o mesmo se tornasse num hábito no período definido, e reportaria todos os dias se tinha adoptado o comportamento ou não, e a automaticidade do mesmo. As pessoas escolheram hábitos simples como beber um copo de água antes da refeição, ou fazer uma corrida de quinze minutos antes do jantar. No fim deste período, os investigadores analisaram os dados para perceber quando tempo cada pessoa demorou a começar o novo comportamento e se era automático.

A conclusão foi que, em média, é necessário mais de dois meses para que um novo comportamento seja automático, mais concretamente sessenta e seis dias. Este tempo para a mudança depende do tipo de comportamento, da pessoa, e das circunstâncias. Neste estudo, as mudanças reportadas foram de grande amplitude, variando dos 18 dias até aos 254 dias. Assim, percebemos que não há uma resposta exacta, o que se percebe facilmente quando falamos do comportamento humano, mas pelo menos temos um período de referência que varia entre os dois e os oito meses. Mas reforço, estamos perante uma imprevisibilidade muito grande, dado o grande número de variáveis que podem influenciar, e por outro lado, que esta mudança pode demorar algum tempo mesmo com condições favoráveis, e muito tempo, ou simplesmente não se concretizar se não estiverem todas as condições reunidas.

Os investigadores constataram também que falhar um oportunidade para colocar o comportamento em prática ou não o implementar da melhor forma não afecta a eficácia a longo prazo. Há espaço para omissões ou erros, e o que é necessário é perseverança, e estabelecimento de medidas corretivas para regressarmos ao caminho certo. No fundo, é fundamental um comprometimento muito forte por parte da pessoa dado que o caminho não é fácil e pode ser sinuoso. A investigação refere que a mudança comportamental envolve mudanças físicas no cérebro. Assim, não é algo que as pessoas decidem e ficam automaticamente aptas a fazer. O processo requer o descongelamento de um hábito antigo e o congelamento de um novo. Isto requer muito tempo e repetição. Os hábitos são comportamentos que são desempenhados de forma automática porque foram repetidos muitas vezes no passado. Esta repetição cria uma associação mental entre a situação (pista) e a acção (comportamento), o que significa que quando a pista é encontrada o comportamento é desempenhado automaticamente. Quebrar hábitos antigos é muito difícil. Uma forma de facilitar é controlar o ambiente que nos rodeia, ou seja, eliminar as pistas caso não queiramos ter determinado comportamento ou criá-las se quisermos o efeito contrário. Por outro lado, é importante especificar o que é que vamos fazer para adoptar um novo comportamento e fazê-lo de uma forma consistente. Assim, com o decorrer do tempo, ele acontecerá de uma forma natural (sem o provocar ou sem pensamento prévio) e requererá menor esforço. Independentemente da dificuldade do processo, há algo que é crucial para o sucesso: É preciso começar!

Fonte: Pedro Monteiro

Sales Manager / Elite Learning Judge

 

Lisboa, Lisboa, Portugal

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