Este artigo foi Posted on Vera Ribeiro|Maio 17, 2023
Dificuldade em dizer não
Uma armadilha que talvez esteja te prendendo, mas que você mesmo criou.
Viver em sociedade é fazer concessões. Para vivermos bem temos que nos adaptar a diversas formas de ver a vida e as contrariedades que podemos nos deparar diariamente.
Uma vida saudável está justamente em equilibrar esses fatores, de forma com que o ambiente social a qual estamos inseridos caminhe bem.
Todavia, fazer concessões e se adaptar às contrariedades não significa que deve-se aceitar tudo, evitando a todo o custo se indispor em algum momento com alguém.
Algumas pessoas, não sabendo dosar esses fatores, acabam caindo em uma armadilha que é tentar agradar a todo mundo, não sabendo como dizer não.
Essa armadilha esconde algumas faces, que vamos falar a seguir.
Se você é uma pessoa que não consegue dizer não para as pessoas, sabe que isso é incômodo.
Você pode ter a intenção de ajudar as pessoas, o que é muito bom, mas sabe que isso não é possível todo o tempo e que em algumas oportunidades fica muito difícil atender ao pedido de uma pessoa, pois você também tem as tuas obrigações e necessidades.
Diga a verdade: você já disse sim para algumas pessoas em ocasiões que sabia que deveria dizer não, não é? Não há problema algum em dizer não quando não é possível auxiliar uma pessoa.
Há alguns motivos que levam alguém a sempre dizer sim para os outros, mesmo que isso a prejudique e a angustie.
O medo da rejeição é um deles. Pessoas que cresceram com muitas inseguranças tem maior dificuldade em dizer não, pois temem serem rejeitadas, ou serem criticadas.
Mesmo esse temor tendo uma provável raiz que vem desde a infância, a pessoa tem que compreender, e se esforçar, para viver de outra forma na vida adulta.
Por mais que a infância tenha tido seus traumas, esses devem ser trabalhados na vida adulta para que não mais determinem as atitudes do indivíduo.
É preciso ter maturidade, principalmente para compreender que as críticas fazem parte da estrutura do convívio social.
Nem todo mundo vai gostar da tua roupa, do teu cabelo, do teu tom de voz, da profissão que você escolheu, da forma como você trabalha, dos gostos que você tem, e assim por diante.
Não é possível agradar todo mundo a todo o tempo, a crítica sempre existirá, mesmo que velada.
Outro motivo comum, que geralmente tem a mesma raiz em inseguranças da infância, é a auto-referência na vida adulta.
O indivíduo acredita que tudo se refere a ele, que todas as pessoas estão constantemente prestando atenção no que ele faz, por esse motivo tem quase que uma obrigação moral de ser um modelo de boa conduta, bondade e servidão.
Cria-se uma autoimagem sobre como se deseja ser e sobre como quer que os outros o vejam, daí se trabalha para que essa projeção não seja desfeita de forma alguma, nem que para isso tenha que se negar o tempo todo, dizendo sim para todas as demandas dos outros, enquanto se deixa de lado as próprias necessidades.
A autossuficiência também é um dos motivos que impedem as pessoas de dizerem não.
A diferença é que essa pessoa tenta validar seus sentimentos através da superioridade que julga ter, por isso age como se só ela fosse detentora do saber, e todos os outros, sem ela, não conseguirão sobreviver.
Nesse momento ela “veste seu traje de super herói” para auxiliar quem, na opinião dela, é um fraco e oprimido.
Geralmente, esse sujeito oscila o comportamento, que mesmo aceitando tudo, pode usar da arrogância ou certo cinismo em muitos momentos, não cultivando sempre a imagem de alguém considerado “bonzinho”.
Inseguranças, que muitas vezes provém do tipo de criação que se teve e da maneira como conceitos sociais foram compreendidos, conduz a pessoa a sempre dizer sim para os outros.
Como uma muleta para justificar sua confusão, ela pode criar um ideal quase missionário, uma visão equivocada do altruísmo.
Não quero dizer, de forma alguma, que a pessoa deve deixar de ajudar as outras.
Servir ao próximo, ajudar em suas necessidades, trocar experiências, ser bom, agir de uma forma amigável, são coisas que devemos procurar fazer diariamente, todavia, ao mesmo tempo, temos que entender que em algumas oportunidades isso não será possível e que dizer não em algumas oportunidades não faz de ninguém uma pessoa ruim.
Algumas vezes há outros compromissos, o que pode impossibilitar estar disponível naquela ocasião.
Voltando aos exemplos, não tenha medo de críticas, caso não possa auxiliar alguém em dado momento.
Não queira agradar todo mundo, pois esse é um fardo que ninguém deve tentar carregar.
Desconstrua a imagem de alguém que deve ser um modelo de servidão e bondade, pois até mesmo aqueles que mais servem aos outros e são bons, sabem que em algumas circunstâncias o ato de dizer não é um serviço de bondade ao outro.
O tratamento psicanalítico ajuda o paciente a trabalhar alguns conjuntos de crenças que são prejudiciais, como a auto-referência.
As pessoas estão em constante modificação e evolução. O que se é hoje pode ser diferente amanhã. O que se gosta hoje, pode já não parecer tão bom amanhã.
Da mesma forma, tentar preservar sempre a mesma imagem projetada, sem permitir as oscilações naturais da vida cotidiana, prende as pessoas em um sofrimento silencioso.
Deve-se também não esquecer que ninguém é super herói e tem a solução para todos os problemas dos outros, fazendo disso algo que apenas esconde as próprias inseguranças e desconexão sobre como se deve socializar nesse sentido.
Quando devo procurar ajuda? Consigo vencer sozinho? Procurar ajuda profissional é extremamente importante, pois dificilmente conseguirá mudar sozinho.
Diferentemente, por exemplo, da ansiedade, onde a pessoa deseja não mais tê-la, o trabalho com a pessoa que encontra dificuldade em dizer não é uma intervenção de autoconhecimento.
A pessoa não deixará de ajudar os outros, nem deseja isso. Ela apenas terá que saber quando deve-se ou não aceitar um pedido.
Como não há um referencial claro para ela (como quem deseja abandonar um vício, onde sabe-se que deve parar com um mau hábito), a pessoa que aceita tudo se perde dentro da própria confusão, conjuntos de crenças e inseguranças, não obtendo êxito sozinha, pois tem dificuldade em distinguir e isolar as diferentes situações.
O profissional de psicanálise irá trabalhar com o paciente a origem desse conflito, ajudando-o a reconhecer o que o levou a sempre agir dessa maneira, fazendo-o compreender diferentes facetas dentro de várias situações comuns a todos. Por esse motivo, buscar ajuda é urgente!!!
Quando dizer não é um ato de bondade? Algumas pessoas podem se deparar com pessoas aproveitadoras, que só querem fazer uso da bondade alheia para benefício próprio, pedindo ajuda mesmo quando elas mesmas têm total possibilidade de fazer aquilo que pediram ao outro.
Em outros casos, nos deparamos com pessoas boas, mas que encontram dificuldades em efetuar alguma tarefa, ou desconhecem quase que totalmente aquilo que precisam fazer.
Em ambos os casos, dizer sempre sim cultiva na pessoa coisas ruins. Caso se diga sempre sim para uma pessoa aproveitadora, se cultiva nela essa má conduta, pois ela sempre vai procurar alguém que faça por ela, assim mantendo uma característica imoral na própria personalidade.
No outro caso, se dissermos sempre sim para uma pessoa, mesmo ela sendo boa, mas que tem dificuldade em fazer uma coisa, cultivaremos nela essa inabilidade para o ato.
Exceto pessoas que tem alguma condição que torna praticamente inviável que ela faça determinada coisa, como idade avançada ou alguma questão de saúde, devemos sempre desejar que o outro obtenha autonomia, então, talvez seja prudente ao invés de dizer sim para todo mundo, tentar ensinar as pessoas a aprenderem fazer aquilo que elas precisam. Lógico que deve-se sempre analisar cada situação com bom senso, sendo flexível.
Coisas que você não pode esquecer! No começo deste artigo escrevi que temos que ter em mente que viver em sociedade é fazer concessões: você ainda vai dizer sim para algumas coisas que não gostaria, esse não é o problema. O problema é dizer sim para tudo, mesmo quando não pode, não quer, ou não deveria dizer.
É importante lembrar que estamos falando de ajuda voluntária.
Continue auxiliando os outros e sendo uma pessoa boa, mas saiba que há um equilíbrio a ser seguido. Não queira ser imune às críticas, pois sempre alguém vai te criticar, mesmo que você não saiba. Também não idealize uma imagem perfeita de si, que não pode ser abalada, pois essa é uma forma de viver que não vale a pena ser vivida.
Lembre-se de que muitas vezes você pode dar a oportunidade das outras pessoas melhorarem, tentando resolver as próprias dificuldades. Isso faz parte do desenvolvimento humano. Da mesma forma que você sabe fazer algo e isso é bom, pense no quão bom será se quem precisa souber fazer as mesmas coisas. Ao invés de sempre fazer tudo por alguém, o ajude a também desenvolver aquela habilidade. Isso é um ato de bondade enorme.
Para finalizar, não se torne uma pessoa que passa a dizer não para tudo também. Ajudar os outros é bom, e sempre devemos ter em mente que também precisamos da ajuda dos demais, pois não sabemos fazer tudo.
Se você percebe que o tema tratado neste artigo é um objeto de mudança que você precisa efetuar em sua vida, não deixe de buscar ajuda especializada. Com certeza o tratamento psicanalítico te ajudará a viver em equilíbrio, o que será excelente para você e para os outros. Todos sairão ganhando!
Este artigo foi Posted on Vera Ribeiro|Maio 17, 2023
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Busque ajuda especializada
Se você tem dificuldade frequente em lidar com as suas emoções, busque ajuda especializada. A nossa vida emocional é complexa e, por vezes, fica pesado lidar com ela sozinho, o que traz muito sofrimento.
Por isso, procure especialistas no assunto, como psicólogos e psiquiatras. Eles te darão um suporte, ajudando-o a atravessar um momento difícil. Dentro da psicologia, existem diversas abordagens a respeito da subjetividade humana, com teorias distintas. Elas vão embasar as técnicas e intervenções aplicadas no consultório.
Dessa forma, você pode fazer uma pesquisa e encontrar um profissional com a abordagem que combine com você! É importante que você se sinta livre para falar sobre suas emoções e se sinta bem acolhido pelo profissional, estabelecendo uma boa relação terapêutica.
Post Duplo ( contunia mesmo tema)
Aprenda a dizer “NÃO”
Este artigo foi Posted on Por |Fãs da Psicanálise - 12 de maio de 2016 | (Autor: Matheus de Souza)
Aprenda a dizer “NÃO”
Por vezes as convenções sociais nos obrigam a aceitar fatos e coisas das quais não estamos confortáveis. Uma das habilidades mais transformadoras — tanto no profissional quanto no pessoal (SILVA, Fausto) — é aprender a dizer “não” para o que não vai de encontro com os nossos objetivos e crenças. Essa pequena palavra pode ser libertadora.
Na maioria das vezes o “sim” é mais fácil e confortável do que o “não”.
Você trabalha numa grande empresa e depois do trabalho todos vão para um happy hour. Você não está afim. Quer ir pra casa e ficar com sua família. Ficar com as pessoas que você realmente ama e se importa. Pela convenção social, seja por medo de ser colocado de lado no grupo ou por não querer ser o único a não ir no tal evento, você diz “sim”. Os minutos não passam. Você ri de piadas sem graça. Acena com a cabeça para histórias que você não quer ouvir e nem prestou atenção, já que seu pensamento está em outro lugar. Já se passam 3 horas. Você pensa que perdeu 3 horas da sua vida.
Pense que nosso tempo é limitado. Nossa vida é limitada. De 3 em 3 horas desagradáveis, imagine a quantidade de vida desperdiçada durante 1 ano com coisas que você queria ter dito “não”?
Para criar um hábito você precisa de uma meta. Para alcançar a sua meta você precisa dizer “não” para aquilo que não vá de encontro ao seu objetivo e lhe faça perder o foco.
“Precisa conseguir falar ‘não’ pra agenda das outras pessoas e focar na sua. ‘Não’ para todas as distrações que vão acontecer ao seu redor e automaticamente falar ‘sim’ pros seus maiores objetivos. Sempre vão surgir propostas, vontades, oportunidades, mas não dá pra gente querer abraçar o mundo, infelizmente. Por isso, não adianta você embarcar em toda oportunidade que aparecer… você tem sempre que pensar se isso afeta sua meta maior, se vale a pena dividir seu foco e sua energia com outra coisa”. (GOFFI, Gabriel)
Isso faz sentido pra você?
Quando entendi esse conceito ao ler as biografias de Steve Jobs e Warren Buffett e, mais recentemente, com os vídeos de Erico Rocha e Gabriel Goffi, passei a ser mais feliz comigo mesmo. Inevitavelmente durante o dia você terá que fazer coisas que não gosta ou que não estão de acordo com seu objetivo maior apenas por obrigação, mas, quando tiver a opção de dizer “não” para aquilo que não lhe faz feliz, diga sem medo. Pare de sofrer por antecipação.
Naquele exemplo do happy hour provavelmente estaria tudo bem entre você e seus colegas no dia seguinte. Nossa mente nos prega peças. Passamos boa parte da nossa vida tentando ser aceitos. A sociedade nos molda para isso, não pense que o problema é com você. Mas, quando você tem consciência de onde quer e pode chegar, cabe apenas a você decidir qual caminho trilhar.
10 dicas para dizer não
Este artigo foi Posted on Por |Fãs da Psicanálise - 12 de maio de 2016 | (Autor: Matheus de Souza)
10 dicas para dizer não
Para que você possa desenvolver a capacidade de dizer não e fazê-la com mais facilidade, sem sentimento de culpa, separamos algumas dicas práticas que vão te ajudar. Vamos conferir?
1. Estabeleça prioridades
É importante você ter controle do que é prioridade para você.
Se você tiver dificuldades quanto a isso, utilize uma agenda, um bloco de notas ou técnicas como a matriz de Eisenhower e a análise SWOT pessoal.
2. Seja honesto e educado
Quando você tiver que dizer não, procure sempre ser honesto com a outra pessoa e não fique dando voltas ou inventando desculpas. Deixe bem claro o motivo pelo qual você não pode ajudar a pessoa naquele momento.
É importante você fazer uma análise da situação, explique a pessoa que naquele momento você não pode ajudá-la, mas depois, caso ela ainda precisar de ajuda, avise que você está disposta(o) a ajudar.
Se não for esse o caso, procure apontar outras soluções para a pessoa, assim você estará ajudando ela mas sem comprometer as suas tarefas.
3. Não queira sempre agradar as pessoas
A necessidade de sempre agradar alguém está relacionada ao medo do que os outros vão pensar, o que significa falta de autoaceitação.
Pense por um momento.
Se você dizer não a uma pessoa, usando apenas a dica acima e ela ficar brava ou com raiva de você, isso significa que ela não está sendo empática.
Mas calma. Não é pra sair por aí julgando os outros. Isso serve para você analisar uma situação de forma crítica.
Se você explicar para alguém o motivo de você não ajudá-la e essa pessoa virar as costas para você, não significa que você foi rude, apenas demonstra que você está valorizando as suas prioridades e o outro precisa entender isso.
E isso nos leva a próxima dica.
4. Cuide de você
É preciso olhar para si mesmo com compaixão, exercitar o seu amor próprio e respeitar os seus limites.
Você não tem a obrigação de fazer tudo o que te pedem, principalmente se isso for ferir os seus valores.
Procure se autoconhecer e valorizar os seus planos e sonhos.
5. Desenvolva autocrítica
A autocrítica é importante para entender a situação na qual você se encontra.
Você passará a reconhecer os motivos que te levariam a falar “não” ou “sim” diante de um desafio, o que te deixa preparado para recusar convites ou atividades que você não tem interesse.
6. Trabalhe a sua inteligência emocional
Desenvolver a inteligência emocional significa trabalhar cada um dos seus pilares.
Ela nos permite uma jornada de autoconhecimento e nos ajuda a desenvolver o nosso controle emocional, o que nos permite lidar com as nossas emoções e sentimentos de forma madura.
A inteligência emocional também nos faz identificar e lutar contra os nossos sabotadores internos, nos impedindo de sermos reféns do medo e de pensamentos negativos.
7. Não tenha medo do conflito
Na maioria das situações, evitamos dizer não para que um conflito ou uma situação ruim não seja gerada. Mas tudo tem limites, não é mesmo?
É importante ter em mente que um conflito pode não ser ruim, mas uma oportunidade de olhar uma situação por uma perspectiva diferente.
8. Agradeça o convite
Normalmente, acreditamos que as pessoas ficarão bravas ou chateadas por nos negarmos a fazer algo. Uma maneira de treinar nosso cérebro para não se culpar com relação a isso, é sempre praticar a gratidão pelo pedido ou convite!
Você se sentirá mais seguro para recusar e demonstrará respeito pela pessoa que solicitou sua presença.
9. Lembrar regularmente a importância do “não”
Ao determinar as razões pelas quais dizer “não” são importantes, você conseguirá fazer isso de forma mais prática. Por esta razão, é preciso achar uma forma natural de lembrar o assunto.
Você pode fazer uma lista com os motivos mais significativos e relê-la sempre que possível. Fizemos uma como inspiração:
Redução do estresse: você não terá que fazer coisas que realmente não quer fazer;
Não haverá ressentimento: quando você aceita fazer algo que não quer, pode acabar se ressentindo da pessoa que fez o pedido e isso desgasta seus relacionamentos;
Uma vida menos arrependida: evitar aquilo que não está de acordo com seus valores ajuda a viver de forma mais autêntica.
10. Pratique!
Assim como qualquer outra habilidade comportamental, o ato de dizer “não” deve ser praticado para que se torne algo comum.
Quanto mais vezes você recusar aquilo que não quer, mais fácil essa ação será! Pratique sempre que puder e o hábito será incorporado em sua rotina.
Busque ajuda especializada
Se você tem dificuldade frequente em lidar com as suas emoções, busque ajuda especializada. A nossa vida emocional é complexa e, por vezes, fica pesado lidar com ela sozinho, o que traz muito sofrimento.
Por isso, procure especialistas no assunto, como psicólogos e psiquiatras. Eles te darão um suporte, ajudando-o a atravessar um momento difícil. Dentro da psicologia, existem diversas abordagens a respeito da subjetividade humana, com teorias distintas. Elas vão embasar as técnicas e intervenções aplicadas no consultório.
Dessa forma, você pode fazer uma pesquisa e encontrar um profissional com a abordagem que combine com você! É importante que você se sinta livre para falar sobre suas emoções e se sinta bem acolhido pelo profissional, estabelecendo uma boa relação terapêutica.
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